Estudante baleado por colega em escola em Natal apresenta quadro de saúde estável, diz pai
18/12/2024
Tiro atingiu a cabeça do jovem de 18 anos na terça (17) na Escola Estadual Berilo Wanderley. Ele deve seguir em observação por até 72 horas no Hospital Walfredo Gurgel. Estudante baleado em escola está com quadro de saúde estável em Natal
O estudante de 18 anos de idade baleado na cabeça por uma colega em uma escola pública na Zona Sul de Natal permanecia até o fim da manhã desta quarta-feira (18) internado, mas consciente e com o quadro de saúde estável, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. A informação foi repassada pelo pai dele à Inter TV Cabugi.
O caso aconteceu na manhã de terça-feira (17) na Escola Estadual Berilo Wanderley, no bairro Neópolis. O tiro foi disparado por uma estudante de 19 anos, que, segundo testemunhas, teria tentado atirar ainda contra uma professora. A autora dos tiros foi presa em flagrante.
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Em nota, a Secretaria de Educação, do Esporte do Lazer do Rio Grande do Norte lamentou o caso e expressou "solidariedade à família do estudante atingido e a comunidade escolar"(veja nota completa abaixo).
O estudante atingido pelo disparo, que é aluno do 3º ano do ensino médio, passou por uma tomografia na noite de terça-feira e, segundo o que a equipe médica repassou à família do jovem, ele não apresentou coágulos, nem sangramentos.
A tomografia foi realizada após o jovem passar mal, sentir dor de cabeça e vomitar.
"O médico se preocupou. Por isso que foi feita a tomografia 18h. Mas ele viu que não tinha nada", disse o pai do jovem, Marcelo Morais. "Está, na medida do possível, estável ainda", completou.
Segundo contou o pai, a equipe médica decidiu por manter o jovem em observação por cerca de 48h a 72h no hospital. A previsão é que, se tudo permenecer bem, o jovem receba alta nesse prazo.
"O médico prevê que dentro desse prazo, de 48h até 72h, pode ocorrer um coágulo e um coágulo é grave, né? Então é por isso que ele quer bater outra tomografia hoje [quarta] e acho que amanhã de novo [quinta]", Marcelo Morais.
O pai contou que ainda não havia tido tempo de conversar com o filho após o que ocorreu. Ele relatou ainda que a Polícia Civil solicitou o ceular do jovem, que foi entregue, para auxiliar na investigação.
A Secretária Estadual de Educação, Socorro Batista, afirmou que uma equipe de investigação de crimes cibernéticos da Polícia Federal iniciou investigação do caso e que uma equipe do Ministério da Educação desembarca em Natal para acompanhar os desdobramentos do caso e acompanhar alunos e professores envolvidos.
Viatura da Polícia Militar em frente à Escola Estadual Berilo Wanderley em Natal
Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Tiros na escola
O 5º Batalhão da Polícia Militar confirmou que uma arma de fogo, três facas e um bilhete foram apreendidos com a jovem presa.
De acordo com a técnica de enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Ilzeany Dilis, o jovem ferido estava consciente no momento em que foi socorrido e relatou como o crime aconteceu.
“Ele estava consciente, ele relatou que foi uma menina que entrou, a colega dele da sala de aula, entrou em surto com uma arma na mão e saiu disparando; e uma das balas acertou ele na cabeça. Mas aí foi muito tumulto na hora e ele não soube explicar mais o acontecido”, disse.
Ainda de acordo com a profissional, o disparo de arma de fogo atingiu o rapaz na cabeça, mas a bala não ficou alojada.
"Tem orifício de entrada e orifício de saída, a bala não ficou alojada. No momento, ele estava consciente, orientado, apresentou quadros de vômito. Fez tomografia, foi avaliado pelo neuro e está tudo bem com o estado de saúde dele", afirmou na terça-feira.
Um estudante que estava em uma sala de aula relatou à reportagem da Inter TV Cabugi que ouviu um disparo de arma de fogo e, em seguida, viu a autora entrar na sala e tentar atirar contra a professora, mas a arma teria falhado.
"A gente estava na sala prestes a fazer a prova e ela chamou as amigas dela para conversar com ela, falar da sala. Passou um curto tempo de um minuto e a gente só escutou o disparo. A gente não sabia ao certo se era um disparo, a gente pensou que era uma bomba", disse o aluno, que pediu para não ser identificado.
"Ela entrou na sala armada, apontou na cabeça da professora, só que a arma falhou. No que falhou, ela virou as costas para tentar correr, e o menino lá da sala pulou em cima dela e conseguiu apartar ela", completou.
Secretaria lamenta crime
Em nota, a Secretaria de Educação do Rio Grande do Norta lamentou o fato. Veja a nota completa:
"A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer (SEEC) do Rio Grande do Norte lamenta profundamente o ocorrido na Escola Estadual Berilo Wanderley, onde um estudante foi vítima de um disparo de arma de fogo, na manhã desta terça-feira (17).
Imediatamente após a ocorrência, a SEEC acionou as forças de segurança pública, que prontamente atenderam a situação. A pasta está contribuindo com todas as informações necessárias para auxiliar as investigações em curso, conduzidas pelas autoridades competentes, além de prestar todo o apoio necessário à escola.
A secretaria reforça que a segurança dos estudantes, professores e funcionários é prioridade e que acompanha de perto os desdobramentos deste caso.
Expressamos nossa solidariedade à família do estudante atingido e a comunidade escolar. Reiteramos nosso compromisso em colaborar para que as medidas cabíveis sejam tomadas".